Friday, November 10, 2006

Rascunhos de Música 1

Guarde sua arma, eu já estou morto mesmo, vagando por aí atrás de uma resposta. Por que este sangue em mim é seu e eu não nos vejo adormecer. Suas flores cheiram o ódio no seu olhar e tudo ao seu redor padece. Me dê palavras... eu quero uma frase inteira que faça sentido dentro deste todo que você chama de nada! Por que a dor? Por que o ser? Por que você não mente a lágrima que eu espero ouvir? Estes dejetos.. este lugar podre! Não quero olhar, não venha tentar me mostrar! Aqui eu não volto mais; eu nunca estou. Eu nunca estive.

Monday, October 09, 2006

Mau humor

Pouco. Não me contento, e isso me deprime. Pode parecer muita exigência da minha parte, mas esse seria um olhar distante do que eu tenho agora. Sonho acordado enquanto tomo o meu café - como se isso fosse me ajudar de alguma forma -, sonhando uma imagem que se projeta a poucos metros de mim, tão nítida que eu quase poderia viver aquilo que desejo – é.. nesse momento finalmente compreendo o valor de me perder em minhas projeções involuntárias.

Com o corpo mole, me levanto da mesa rumo ao meu banho matinal, do qual não abro mão um dia que seja – sou daqueles que se perturbam muito quando surge um motivo sincero, algo urgente mesmo, que me faça sair de casa antes da chuveirada. Ah, mas como eu me sinto maravilhado ao perceber que, após todo aquele sacrifício para subir as escadas, a bomba d’água está quebrada! Terei que me contentar com a água fria, tão fria que merece ser chamada de gelada – já mencionei que sem a bomba a água vem bem fraquinha?

A água corrente me faz bem, mesmo gelada – eu adoro banho frio, embora às vezes seja incapaz de enfrenta-lo - e consegue lavar a minha mente, levando para longe todas as angústias que, aliadas a uma noite mal dormida, podem conspirar para que eu comece e termine o dia vestindo um mau humor idiota. E eu odeio mau humor. Este me parece com um ser insuportável, que bate a sua porta com o objetivo de tomar grande parte do seu tempo e você – OK, no caso aqui você sou eu – o deixa entrar porque não reuniu forças para bater a porta na cara do infeliz.

Wednesday, August 23, 2006

Rag Time - a hora do peão

Cansado e sujo, olha para o portão de casa. Depois de bastante tempo na fábrica, já era hora. Sua carona se despede. E a porcaria do poste não se acerta, sempre com essa luz fraca. Mão no bolso, chaves na mão e o portão aberto. No jardim, o cachorro não se manifesta. Provavelmente por ter feito algo que não deveria – ao menos na concepção dos que lhe dão comida.

Entrando em casa, a mulher já reclama dos sapatos sujos de terra e se revolta por ver em sua expressão que ele nem se importa com isso. Tudo que importa está mais a frente: a sala de TV. Ah... o sofá, a tranqüilidade de não ter que fazer nada – as demandas da patroa não conseguem interferir nisso -, se estirar e fazer o que quiser. De preferência, não fazer nada.
Poderia colocar um disco do Scott Joplin, que ganhou em seu aniversário anos atrás e cuja música não sai da cabeça há mais de uma hora, mas prefere o silêncio ao redor. A música fica soando como antes, apenas em sua mente.

Estendendo a mão e pega, na mesinha ao lado, um charuto. E acendê-lo proporciona aquele prazer, que só quem experimentou sabe. Não é só o fumo, mas a situação toda. Livre dentro de sua própria caverna. Livre entre das poucas horas livres antes de começar um novo dia de trabalho duro.

À medida que o cansaço se acentua, o sono bate a porta. Aos poucos, fecha os olhos e dorme no sofá. E entra num pasto imenso, todo seu. Com cavalos treinados correndo por todos os lados, dos quais ele escolhe um e, usando apenas um simples gesto que parece pequeno frente a sua habilidade, monta no mais selvagem de todos. E segue correndo pelo campo. Correndo pelas estradas. Correndo no meio mato. Correndo pelas montanhas. Insistente e sem jamais se cansar.

Thursday, August 10, 2006

Analisando.doc

“Analyse” toca no player enquanto reflito sobre coisas diversas. Reflito e escrevo, busco sites e tento me organizar para o dia de amanhã – o muitos outros depois dele também chegam dando uma palhinha na minha projeção.

A música de Thom Yorke faz bastante sentido aqui: um contexto de introspecção, entrando cada vez mais dentro de mim mesmo; enfim, uma viagem.
O suor frio evidencia meu estado atual, de quem está exausto e, por causa disso, praticamente adoentado.

Pulo parágrafos constantemente porque, assim como na música que toca – já não é mais aquela -, a mudança de clima aqui se mostra um ingrediente necessário –“alta demanda”, no jargão economês. Procuro palavras, climas, situações, idéias interessantes que possam se tornar bonitas com algumas pinceladas, mas a coisa não está fácil.

O sofrimento hoje é outro. Já não há a presença das angústias passadas, com exceção de algumas. As perguntas já parecem ter respostas parciais e isso, no momento, me traz uma sensação de tranqüilidade. O maior problema atualmente é a busca pelo avanço, a evolução de assuntos já iniciados. Um deles é este texto.

Reflito sobre as coisas que escrevia antigamente. Gosto delas até hoje, são minhas crianças! Mas não sinto mais aquela força sugando na mesma direção. Quero dizer, em parte. Na verdade, faz parte da transformação. Hum...

Saturday, July 08, 2006

Palavras de sangue e desejo

Estas mãos que te seguram agora podem vir a te machucar. Podem fazer com que tudo o que você pensa sobre mim se torne algo infeliz, vermelho e lacrimoso. Nossos medos podem vir a se concretizar, medos estes inimagináveis poucas semanas atrás. Nada disso, tudo isso e coisa alguma foi planejado, tudo fruto do movimento dos nossos corpos inconstantes em busca de um amanhã; e eles acabaram por se chocar.

Luto para não pensar no que, imagino eu, divagando, poderia me fazer embarcar em ilusões não tanto aleatórias, mas corrosivas, capazes de me destruir e a você também. Seu cheiro, tão perto e tão distante. Um desejo constante de te ter e te atravessar com meus braços e minha boca, deixando um pouco de você em mim e algo de mim em você.

O tempo não colabora, anda pra frente, pra trás, para cima e para baixo, mas nunca para onde eu quero. Eu quero hoje, agora, ontem e também amanhã. Quero você aqui e eu aí, simultaneamente.

Não escrevo palavras bonitas, elas fedem e são dolorosas – e as assino com meu sangue. Mas exprimem da forma mais sincera o que eu sinto por você. E de você eu não abro mão.

Monday, July 03, 2006

Saudades

Vagando pelas ruas sem muito motivo, apenas por não querer ficar em casa, tento encontrar algo que torne a andança especial. Parece que, com exceção de uns conhecidos passantes, a caminhada não valeu muita coisa, quando vejo que, mais uma vez, tudo parece se encaixar em algum momento.
Sentada na mesa de um bar, de costas para mim e para a rua, encontro ela. Logo ela que eu não dei valor e hoje sinto saudades. Ao entrar no bar, para fazer uma surpresa, ela vira na minha direção, como se soubesse que eu estava passando por ali. E sorri.

Wednesday, May 24, 2006

Um nome Novo

Acorda, com o zunido do despertador ecoando insuportavelmente por toda a caixa craniana. Um tapão e o despertador está fora de combate; com o inimigo estatelado no chão, a batalha parece ter sido vencida. Um engano. Não conseguindo mais voltar para aquele sonho que parecia tão bom, e pelo qual esperara inconscientemente por meses, é hora de encarar a realidade. Espreguiça os braços, as pernas, ah.. você sabe, o corpo todo.
Levanta da cama e, ainda cambaleando, busca um copo d´água na cozinha; antes de molhar as cordas vocais, não se emitem palavras sem o desprazer da dor seca. Um copo e depois outro. A vista ainda descontente com a invasão da luz do dia no apartamento, ele ruma ao corredor, seguindo para o banheiro.
Tranca a porta mas, “quem é que entraria aqui?”, reflete, uma vez que não há ninguém em casa; estão todos viajando. Seu reflexo no espelho afirma que não dorme bem há dias. Decepção. Não gosta do que vê e fica se encarando. Não gosta de quem é; já é hora de utilizar tudo que aprendeu e se transformar. Está na hora de sair da incubadora, mas com outra cara. Nada mais de brincar por aí, agora a coisa é séria. Acabou a paciência e uma urgência por resultados práticos grita à flor da pele.
Joga o nome fora, enquanto faz a barba e olha fixamente nos próprios olhos, decidindo o que seja a partir de agora. Coloca uma música agitada no som, em alto volume, se veste, pega as chaves, a carteira e sai de casa, batendo a porta com força.

Sunday, April 30, 2006

Na distância, o olhar

Seus cabelos me mostram o quanto ela está livre e eu estou preso. Livres como o vento os quer e distantes de mim, que fico aqui neste calabouço enquanto vejo pela janela os passos dela durante todo o dia. Não posso tocá-la. Por mais que estique os braços, uma barreira invisível nos separa. Esta parede que apenas eu enxergo e que me faz perder o prazer de viver. Distante, eu tento me contentar com o doce sabor de vê-la passar e só. Cada passo é admirado individualmente. Cada gesto, cada pensamento. Não sei o que ela está pensando, mas crio no meu próprio mundo toda a realidade da qual participo agora, e nela eu sei o que ela pensa – acho que já estou começando a entendê-la.
Aqui dentro chove, neva, alaga e o sol é de rachar. Como não tenho protetor, já percebo que estou criando uma nova pele, de tanta dor sofrida. Dos seus lábios sai apenas música, assim como do seu perfume, que não sinto mas consigo idealizar, assim como todo o resto. Uma sonata, triste, de um instrumento que atua em movimentos solo, melancólicos e intensos. Quisera eu que ela pudesse me ouvir tocar uma canção. Uma canção diferente de tudo, onde nós seriamos um e não houvesse mais escuridão. Seria bonito, mas mais uma vez eu me encontro aqui sonhando. Sonho acordado para depois fugir com ela em sonho. Mas não um sonho azul, eu quero um sonho vermelho. Um sonho em que o meu sangue corra com tamanha força que me rasgue o corpo, mas antes me dê forças para destruir estas paredes e me livrar destas palavras imbecis e sinceras, que não trarão o meu amor.

Friday, April 21, 2006

O pote de ouro

E lá estava ele, na linha de chegada. Em seu olhar, o estranhamento. A sensação de que talvez nada tenha realmente acontecido, nada tenha mudado. O troféu que buscou por tanto tempo agora já não parece mais atraente como nas fotos presentes em seus sonhos. Mas qual o motivo disso? Ele ainda não sabe. Não sabe ao certo porque não está pulando de felicidade, não se compreende plenamente satisfeito. E os fogos de artifício, onde estão todos eles? Estariam eles escondidos, esperando que alguém os descubra e finalmente possa descansar em paz, sem maiores dúvidas ou preocupações?
Nada como era previsto. E agora, o que fazer?
Entra em um café e chama pela garçonete. Você tem um isqueiro? Obrigado. Um café com creme, por favor. A fumaça que sopra parece levá-lo para bem longe, onde ele contempla quase que aleatoriamente os últimos dias.
Chega o café. Açúcar ou adoçante? Açúcar, por favor.

Saturday, April 15, 2006

Encurralado - exercícios para a loucura

Tensão. Não sei se dessa vez poderei fazer algo a respeito da situação na qual eu me encontro. Sei que posso influenciar no que está para acontecer, mas ainda assim me parece que é muito pouco. Entro em desespero. O pânico chega e toma conta da sala. Correndo, eu busco uma saída, tentando pensar em tudo.
Parado na minha frente, então, ele me olha. Seus olhos brilhantes cor de rubi me observam, como se eu fosse apenas mais um experimento e nada do que eu pudesse fazer iria me ajudar a resolver este enigma. “Não existe solução para o que você quer”, diz a sua voz rouca e bem projetada, onipresente em cada canto do recinto. Frente a frente com o meu medo, a respiração dele tranqüila fazendo um contraponto com a minha, o extremo oposto, mostra o quanto eu pareço estar perdendo o controle da situação. E o sorriso estampado na face do meu inimigo me acerta como mais um tapa, embaçando a minha vista. Sem enxergar nada, um belo “Porra!” é a coisa mais bonita que você pode tirar de mim.
Aproveitando do meu vasto leque de opções satisfatórias, sento e cruzo as pernas. Correr de um lado para o outro em nada vai me ajudar. E ele continua ali, rindo da minha cara, enquanto come sua maçã dourada. Bem que ele poderia se engasgar com ela. Hum... isso me parece muito bom...

Friday, March 10, 2006

Pétalas escorridas


Suas pétalas caem como lágrimas, deixando sua luz para trás, embaçando o brilho no seu olhar. Sua angústia, maior do que a suportável. Ela corre. Busca por um lugar onde consiga se sentir longe de toda a desgraça que parece ter se instalado em sua vida e onde possa finalmente descansar em paz. Mas seus pés não agüentam muito, são frágeis demais. Com o rosto no chão, ela suspira e chora. O som do rio que corre ao lado e a vegetação da mata fechada sinalizam que está só, embora isso não signifique que agora esteja segura. Sua própria presença já é o suficiente para que faça mal a si mesma. Os olhos fechados transportando-a para os lugares dos quais mais se arrepende ter ido, as palavras que um dia ouviu e tanto acreditou, mas hoje já não são nada além de poeira memorial. O vento. Parece um amigo, mas, quem é que sabe? Os sentidos já não podem ser considerados amigos fiéis faz tempo.
Resolve banhar-se no rio, a água como refúgio. Uma fuga, que não a protege de seus pensamentos e torturas. Um ruído estranho agita sua mente, que mantinha seu corpo em total inércia. Folhas se mexendo, nada mais. Talvez de um caminho secreto, ou de uma caverna no meio do nada surja algo que pareça estranho e ao mesmo tempo mágico. Uma aventura capaz de levar a mente a um lugar bem longe, no qual ela possa se esquecer da beleza que perdeu dentro de si. Soa muito bonito, mas um tanto improvável. Ela se deita e cai no sono.
De olhos fechados ela ouve um som incomum, que tenta reconhecer inutilmente. Abre os olhos, com a vista ainda levando alguns segundos para se ajustar – é noite.Luzes pequeninas zunindo ao seu redor... parecem tentar chamar a sua atenção. Estariam elas tentando se comunicar? Depois de alguns momentos as pequenas luzes seguem em seu movimento giratório, seguindo um caminho um tanto quanto estranho. A bela moça desiludida resolve segui-las. Mas... para onde elas a levarão? A moça se levanta e corre atrás, pela mata negra que, ao menos para mim, parece assustadora.

Saturday, February 25, 2006

Um pouquinho de paz

... na verdade agora eu quero a paz, sim. Quero um tempo. Um momento sem nada. Esquecer de toda a bagunça da nossa sociedade desesperada por buscas que não nos levam realmente a lugar algum e ir de encontro com quem eu sou. Prestar mais atenção, ouvir bem; escutar. Olhar, enxergar mais. Nada desse papo de turista genérico que passa pela própria vida tentando fazer tudo ao mesmo tempo e não conhecendo coisa alguma na realidade. Dez minutos para cada atração já não me parecem ser o suficiente.
Lá fora, muita festa. As pessoas se encontram, confraternizam. Eu no momento quero apenas ficar aqui, quieto. Não preciso nem mesmo me mover para satisfazer esse desejo - que hoje mais se parece com uma necessidade.
Preciso entender qual é o som do silêncio. Assim poderei entender melhor quem eu sou - já que estamos em constante transformação e adaptação isso me parece ser algo a que deveríamos dar mais importância.

Andando

Ando, ando e ando. Sempre ando, mesmo que às vezes não me desloque. Parece que de nada adianta todo o esforço que se faz, nada acontece. Minha impaciência me aborrece e eu explodo a cada passo. Poderia ser diferente, sim. Eu poderia ser mais tolerante. Mas os rumos que as situações tomam poderiam ser mais parecidos com o que eu procuro também. Por que eu deveria me ajustar? Não é a insatisfação que faz com que o homem busque por algo melhor, sua evolução ao longo dos anos tão incessantemente estudada por pessoas que não tem nada melhor para fazer?
Pois é, nada de paciência.
Eu poderia meditar. Bem que eu gostaria, se ao menos eu conseguisse me concentrar...
Meus pensamentos, em diferentes pontos e ao mesmo tempo, não me deixam em paz - e também não sei se a paz é tão perfeita assim.
Continuo andando. É o melhor que eu tenho a fazer. Até encontrar um bar e pedir uma cerveja.

Friday, February 24, 2006

Como desaparecer completamente

Aonde foi tudo aquilo que eu enxergava com estes mesmos olhos, já tão cansados das mesmas coisas? A minha vontade de encarar as coisas, a minha paciência - que nunca foi uma virtude anyway- ? No escuro, tudo no escuro. Só vejo as cinzas. E não penso mais em procurar, simpesmente não achei e pronto. Nenhuma chama, nehuma palha a ser movida. Não mais. Um drink, para brindar este momento mágico. O momento em que me esqueço de tudo, ou ao menos tento não pensar. Um vazio, que me leva para outro lugar. Menos vazio que essa vida. Um sopro. Me deixo levar, largando tudo para trás. Estou pronto para me libertar. Não sou mais eu, agora eu já não sou mais nada. Talvez os pensamentos voltem a me perturbar - óbvio -, mas por hora eu viajo. E me concentro nas estrelas que tentam se esconder com as folhas das árvores no jardim. Faz frio, mas estou melhor aqui. E daqui não pretendo sair.

Wednesday, January 04, 2006

Perdido - mais que você?

parte 1

Olho para ambos os lados da rua. Ninguém. Tudo deserto, nenhum assobio, nenhum pássaro cantando, nenhum bêbado balbuciando asneiras. A dor me atinge em cheio, com a minha cabeça reclamando de tanta bagunça feita nos últimos dias. Sim, eu bebi demais. Mais do que quando eu achava que meus problemas não poderiam piorar mais e que a minha carreira e o meu casamento pareciam ter chegado ao fim. Agora enxergo com clareza que aquele definitivamente ainda não era o tal do fim melancólico e dramático que eu havia planejado para a minha triste vida – sim, porque se eu não me fizer de coitado, quem fará?
Minhas roupas sujas, molhadas e fedendo. Por onde será que eu andei? Talvez seja melhor nem mesmo descobrir.. da última vez não deu muito certo. Peraí... que lugar é esse? Que rua é essa? Ando, ando e ando. Mas a rua parece que não acaba. O que? Não, eu apenas estou buscando o nome da rua na próxima esquina. Não estou fugindo de você. Ih, relaxa, que eu já estou com problemas demais por aqui.Bom, parece que é aqui a esquina mais próxima. E o nome da rua é... ué, cadê o nome da rua?! Só me faltava essa. Agora os vândalos resolvem destruir o patrimônio público logo na hora e local em que eu pretendo finalmente usufruir dele. Que ótimo.

Tuesday, January 03, 2006

Muito bom pra caramba mesmo

Interessante ver que, enquanto muito se fala que não se fazem bons filmes, podemos ver filmes muito bons em cartaz, mesmo que para isso seja preciso peneirar um pouco e até mesmo arriscar de-vez-em-quando-quase-sempre. King Kong? Berg, nada de muito relevante, a não ser que você ealmente queira dar muito valor para o fato de que no roteiro original houvesse o lance do Tore Kong dando uns sopapos nos Tiranossauros Rexsssss...
Ta certo que Primavera para Hitler não é um filme recente, apenas o seu remake, Os Produtores, mas está de volta no grande circuito e garante mais de uma hora de bom cinema e gargalhadas raramente vistas hoje em dia.
Mas, o prato principal aqui é bem outro - beeeeeem outro mesmo. Estou aqui para dizer que Beijos e Tiros, cujo livro que inspirou o filme eu estou louco para adquirir, assim como todos os outros do mesmo autor. Para começar, o filme se baseia em um narrador, que é o personagem principal explicando tudo o que acontece enquanto você vê o filme na tela. E, uma coisa que sempre dá certo, ele faz o herói que sempre se ferra. Só esses dois fatores já são de grande peso. Agora somemos aos dois anteriores o fato de ser um filme bastante inteligente, com piadas e humor sagaz, suspense, intrigas e mulheres lindas - sim, de morrer; principalmente a mocinha, que em alguns ângulos você jura ser a própria Liv Lyler, só que MAIS BONITA... ah, vale lembrar que ela fica apenas de calcinha em uma das cenas...
Enfim, um filme daqueles que você fica muito feliz de estar assistindo e não se aguenta de querer comentar tudo que acontece. Um filme excelente com sacadas geniais a todo instante. Esse vai pra prateleira...