Estas mãos que te seguram agora podem vir a te machucar. Podem fazer com que tudo o que você pensa sobre mim se torne algo infeliz, vermelho e lacrimoso. Nossos medos podem vir a se concretizar, medos estes inimagináveis poucas semanas atrás. Nada disso, tudo isso e coisa alguma foi planejado, tudo fruto do movimento dos nossos corpos inconstantes em busca de um amanhã; e eles acabaram por se chocar.
Luto para não pensar no que, imagino eu, divagando, poderia me fazer embarcar em ilusões não tanto aleatórias, mas corrosivas, capazes de me destruir e a você também. Seu cheiro, tão perto e tão distante. Um desejo constante de te ter e te atravessar com meus braços e minha boca, deixando um pouco de você em mim e algo de mim em você.
O tempo não colabora, anda pra frente, pra trás, para cima e para baixo, mas nunca para onde eu quero. Eu quero hoje, agora, ontem e também amanhã. Quero você aqui e eu aí, simultaneamente.
Não escrevo palavras bonitas, elas fedem e são dolorosas – e as assino com meu sangue. Mas exprimem da forma mais sincera o que eu sinto por você. E de você eu não abro mão.
Saturday, July 08, 2006
Monday, July 03, 2006
Saudades
Vagando pelas ruas sem muito motivo, apenas por não querer ficar em casa, tento encontrar algo que torne a andança especial. Parece que, com exceção de uns conhecidos passantes, a caminhada não valeu muita coisa, quando vejo que, mais uma vez, tudo parece se encaixar em algum momento.
Sentada na mesa de um bar, de costas para mim e para a rua, encontro ela. Logo ela que eu não dei valor e hoje sinto saudades. Ao entrar no bar, para fazer uma surpresa, ela vira na minha direção, como se soubesse que eu estava passando por ali. E sorri.
Sentada na mesa de um bar, de costas para mim e para a rua, encontro ela. Logo ela que eu não dei valor e hoje sinto saudades. Ao entrar no bar, para fazer uma surpresa, ela vira na minha direção, como se soubesse que eu estava passando por ali. E sorri.
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