Monday, October 09, 2006

Mau humor

Pouco. Não me contento, e isso me deprime. Pode parecer muita exigência da minha parte, mas esse seria um olhar distante do que eu tenho agora. Sonho acordado enquanto tomo o meu café - como se isso fosse me ajudar de alguma forma -, sonhando uma imagem que se projeta a poucos metros de mim, tão nítida que eu quase poderia viver aquilo que desejo – é.. nesse momento finalmente compreendo o valor de me perder em minhas projeções involuntárias.

Com o corpo mole, me levanto da mesa rumo ao meu banho matinal, do qual não abro mão um dia que seja – sou daqueles que se perturbam muito quando surge um motivo sincero, algo urgente mesmo, que me faça sair de casa antes da chuveirada. Ah, mas como eu me sinto maravilhado ao perceber que, após todo aquele sacrifício para subir as escadas, a bomba d’água está quebrada! Terei que me contentar com a água fria, tão fria que merece ser chamada de gelada – já mencionei que sem a bomba a água vem bem fraquinha?

A água corrente me faz bem, mesmo gelada – eu adoro banho frio, embora às vezes seja incapaz de enfrenta-lo - e consegue lavar a minha mente, levando para longe todas as angústias que, aliadas a uma noite mal dormida, podem conspirar para que eu comece e termine o dia vestindo um mau humor idiota. E eu odeio mau humor. Este me parece com um ser insuportável, que bate a sua porta com o objetivo de tomar grande parte do seu tempo e você – OK, no caso aqui você sou eu – o deixa entrar porque não reuniu forças para bater a porta na cara do infeliz.