Wednesday, January 04, 2006

Perdido - mais que você?

parte 1

Olho para ambos os lados da rua. Ninguém. Tudo deserto, nenhum assobio, nenhum pássaro cantando, nenhum bêbado balbuciando asneiras. A dor me atinge em cheio, com a minha cabeça reclamando de tanta bagunça feita nos últimos dias. Sim, eu bebi demais. Mais do que quando eu achava que meus problemas não poderiam piorar mais e que a minha carreira e o meu casamento pareciam ter chegado ao fim. Agora enxergo com clareza que aquele definitivamente ainda não era o tal do fim melancólico e dramático que eu havia planejado para a minha triste vida – sim, porque se eu não me fizer de coitado, quem fará?
Minhas roupas sujas, molhadas e fedendo. Por onde será que eu andei? Talvez seja melhor nem mesmo descobrir.. da última vez não deu muito certo. Peraí... que lugar é esse? Que rua é essa? Ando, ando e ando. Mas a rua parece que não acaba. O que? Não, eu apenas estou buscando o nome da rua na próxima esquina. Não estou fugindo de você. Ih, relaxa, que eu já estou com problemas demais por aqui.Bom, parece que é aqui a esquina mais próxima. E o nome da rua é... ué, cadê o nome da rua?! Só me faltava essa. Agora os vândalos resolvem destruir o patrimônio público logo na hora e local em que eu pretendo finalmente usufruir dele. Que ótimo.

Tuesday, January 03, 2006

Muito bom pra caramba mesmo

Interessante ver que, enquanto muito se fala que não se fazem bons filmes, podemos ver filmes muito bons em cartaz, mesmo que para isso seja preciso peneirar um pouco e até mesmo arriscar de-vez-em-quando-quase-sempre. King Kong? Berg, nada de muito relevante, a não ser que você ealmente queira dar muito valor para o fato de que no roteiro original houvesse o lance do Tore Kong dando uns sopapos nos Tiranossauros Rexsssss...
Ta certo que Primavera para Hitler não é um filme recente, apenas o seu remake, Os Produtores, mas está de volta no grande circuito e garante mais de uma hora de bom cinema e gargalhadas raramente vistas hoje em dia.
Mas, o prato principal aqui é bem outro - beeeeeem outro mesmo. Estou aqui para dizer que Beijos e Tiros, cujo livro que inspirou o filme eu estou louco para adquirir, assim como todos os outros do mesmo autor. Para começar, o filme se baseia em um narrador, que é o personagem principal explicando tudo o que acontece enquanto você vê o filme na tela. E, uma coisa que sempre dá certo, ele faz o herói que sempre se ferra. Só esses dois fatores já são de grande peso. Agora somemos aos dois anteriores o fato de ser um filme bastante inteligente, com piadas e humor sagaz, suspense, intrigas e mulheres lindas - sim, de morrer; principalmente a mocinha, que em alguns ângulos você jura ser a própria Liv Lyler, só que MAIS BONITA... ah, vale lembrar que ela fica apenas de calcinha em uma das cenas...
Enfim, um filme daqueles que você fica muito feliz de estar assistindo e não se aguenta de querer comentar tudo que acontece. Um filme excelente com sacadas geniais a todo instante. Esse vai pra prateleira...