Sunday, February 09, 2014

O existencialismo de Sartre, por Danilo Marcondes





A filosofia existencialista sartriana parte de uma concepção do homem como "o ser cuja existência precede a essência", isto é, o homem não tem uma essência predeterminada, mas ele se faz em sua existência. Contudo, o homem é também marcado pela consciência da morte e da finitude, o "único animal que sabe que vai morrer", e por isso, ao buscar essa identidade absoluta, está condenado ao fracasso. Portanto, a existência humana é, em última instância, absurda, sem sentido.

(...) Resta ao homem, assim, apenas a liberdade, e é esta a fonte principal de sua angústia. "Somos condenados a ser livres", diz Sartre. Os homens alienados recusam essa liberdade porque a temem, temem confrontar o vazio de sua própria existência porque não assumem os riscos e desafios que ela envolve. Porém, o homem autêntico realizará o seu próprio projeto, dando assim sentido a sua existência.


*Trecho extraído do livro Textos Básicos de Filosofia (Zahar, 2007, 7ª impressão)