Sunday, April 07, 2013

Organizando Ideias

acho que a melhor maneira de escrever é colocando a mão na massa. simplesmente pegando uma página em branco e jogando as ideias no "papel" - recomendo o digital, por deixar as ideias fluírem melhor, por experiência própria. aliás, nada disso aqui existiria se não fosse por um impulso de me expressar, lá nos idos de 2004, quando criei este blog apenas para comentar em outro - o que, na época, era exigido pela ferramenta.

aprendi a escrever sozinho. não sei dizer se o que escrevo é bom ou ruim, mas ao menos funciona para mim. é uma maneira de organizar os pensamentos, unir as pontas de diversas frentes que se abrem a cada dia enquanto observamos acontecimentos no mundo ao redor, mas não conseguimos estruturar pela velocidade que o cotidiano tomou nos últimos tempos.

e isso me lembra da época em que as pessoas ainda tinham tempo para pensar, para refletir, para entenderem a si mesmas. até décadas atrás era mais comum uma pessoa carregar consigo um diário, onde eram registrados os eventos do dia e as opiniões - e "notas mentais" - sobre os mesmos. mas hoje isso já parece um passado muito distante, quando estamos mais preocupados em saber o que está acontecendo com a vida dos outros do que em entender o que acontece com a nossa própria vida.

me recuso a compactuar com isso. minha própria vida é, ao menos para mim, muito mais urgente que os big brothers ou as fotos e as reclamações de 500 pessoas em uma rede social. um brinde ao tempo para si mesmo, para as pequenas coisas e para a compreensão da vida, que só vem com o tempo se nos dedicarmos a ela, mesmo que aos poucos, um pouquinho a cada dia.

Saturday, January 05, 2013

Impossível não existe

Impossível é a palavra que usamos quando não acreditamos que algo pode acontecer. Certamente há alguns anos diríamos isso do Tsunami, da crise americana, da desaceleração da economia chinesa ou da eleição de um operário como presidente da república.

O mais interessante é que a própria palavra luta contra ela mesma, buscando a dissipação de sua existência. Impossível é algo que não é possível acontecer ou existir. No entanto, muito se insiste que algo seja impossível.

Se "impossível" não existe, porque insistimos em dizer que algo é impossível? Não seria um estado não realizável?

O Bom é inimigo do Ótimo



"O bom é inimigo do ótimo. 

 E essa é uma das principais razões porque temos tão poucas coisas que se tornam excelentes. Não temos ótimas escolar, principalmente porque temos boas escolas. Não temos um ótimo governo, principalmente porque temos um bom governo. Poucas pessoas viver ótimas vidas, em grande parte porque é muito fácil viver uma vida boa. A maioria das empresas nunca se torna ótima, precisamente porque se tornam boas empresas - e esse é o problema delas."

(Jim Collins, no livro Empresas Feitas para Vencer; o título original, Good to Great, ilustra melhor a questão acima)

Se uma escola falha em educar as crianças, se um líder militar comete erros e soldados morrem, se o serviço aos sem teto falha e alguém morre de frio na rua, onde está sua responsabilidade?

Confira o trecho do parágrafo anterior e outras lições essenciais na entrevista abaixo, em que Collins explica os resultados de sua extensa pesquisa:





*Vencedoras por Opção (Great by Choice, no original) é seu livro mais recente e expande a discussão com mais profundidade. Recomendado para qualquer pessoa que deseja se superar, seja no mundo dos negócios, esportes ou qualquer outra área.

Um tempo para você mesmo


Nada como um tempo fora do radar, fora de tudo, para se encontrar com quem você realmente é e se encaixar verdadeiramente com sua própria vida. A falta desse tipo de oportunidade, em meio a tantas coisas no cotidiano, tanta velocidade, acaba nos tornando aquilo que não queremos.

A tecnologia e a internet são verdadeiras bênçãos (ou "bença", como diz o amigo Marcos Hofstetter), mas percebo cada dia mais que não adianta termos tudo e não sabermos usar de forma eficiente os recursos. Temos todas as ferramentas a disposição, mas nos faltam conceitos, estratégias mesmo para usá-las de forma consciente (Clayton Christensen, 5 vezes vencedor do McKinsey Award por melhor artigo publicado na Harvard Business Review, valida o uso de estratégias para a realização pessoal em How Will Your Measure Your Life).

A ansiedade nos traz o apego ao cigarro, a TV com 500 canais (citando Fight Club), a dificuldade em dormir a noite, a busca por mais dinheiro, mais segurança, ataques de pânico, medo de tudo e de todos que leva ao individualismo e aos conflitos interpessoais. E acabamos por esquecer do valor de coisas tão preciosas como um momento com as pessoas que são importantes para nós, como pais ou avós, por estarmos constantemente preocupados em olhar para o relógio ou checar emails ou Facebook ou uma infinidade de outras coisas "urgentes", mas que valem bem menos.

Pessoas que passam por uma experiência de quase morte costumam relatar suas experiências como um despertar para a vida, para o que realmente importa.

Convido você a esvaziar sua mente e pensar no que realmente é importante para você. O que é essencial em sua vida, não apenas legal ou interessante Entendendo isso você se aproxima mais da sua própria verdade, da sua própria vida. Desligue a TV, busque aquilo que você quer e não aceite apenas o que vem a você de forma passiva. É muito fácil viver no piloto automático, mas, como se diz: there's no free lunch. Nada vem sem esforço. Muito menos a paz.

Sem entrarmos em paz com nós mesmos não é possível vivermos em paz em sociedade.

Segue um depoimento de um sobrevivente de um acidente de avião, explicando como sua vida percepção das coisas mudou após acreditar que iria morrer (seu avião chegou a cair, mas ele sobreviveu):


Friday, January 04, 2013

Vivendo o Momento Presente, mais Zen - e Produtivo

             

Por algum tempo me indaguei se o esforço em dar o meu melhor, em buscar maior produtividade, e a paz mental, aquela sensação de tranquilidade zen, não seriam forças opostas. Hoje percebo que não.

Quando nos aprofundamos em especialistas da produtividade, percebemos que não adianta buscar fazer tudo ao mesmo tempo, mas precisamos de foco. Precisamos focar em uma coisa, apenas uma, de cada vez, dedicando toda nossa atenção a cada tarefa que fazemos, para adquirirmos maior eficiência. Nosso cérebro, como dizem pesquisas recentes da área da neurociência, não é multitarefa - e isso acaba gerando frustração.

Na mesma linha - embora pareça, em um olhar distante, completamente diferente - temos a ideia de alcançar a felicidade por meio da paz interior, que por sua vez demanda uma atenção completa ao momento presente. Viver o momento presente, estar realmente presente onde você está e não com a cabeça no que vai fazer depois - prestar atenção em quem conversa com você ao invés de ficar apenas aguardando sua vez para falar, por exemplo.

Eckhart Tolle, em seu livro "O Poder do Silêncio", descreve a importância de compreendermos o momento presente, que também é de certa forma essencial para um estado mental zen, como o praticado na meditação:

"À primeira vista, o momento presente é apenas um entre os inúmeros momentos da sua vida. Cada dia parece se constituir de milhares de momentos em que ocorrem os mais diversos fatos. Mas, se você olhar mais profundamente, irá descobrir que existe apenas um momento. (...) Este exato momento - Agora - é a única coisa da qual você jamais conseguirá escapar, o único fator constante em sua vida."

O ser humano é um animal, em muitas situações, "irracional" (pegando emprestado de Dan Ariely, psicólogo da Universidade de Stanford, autor do livro "Previsivelmente Irracional") e, celebrando a máxima que diz que errar é humano, não somos muito bons ao estimar o impacto de situações futuras em nossa satisfação com a vida. Buscamos mais dinheiro, mais realizações, mais sucesso, mais status, mais, mais e mais, no entanto alcançar ou ter mais não resolve nossa busca incessante pela felicidade.

Talvez herança do sonho americano, no Brasil difundida tanto pela dominação cultural do nosso primo rico e sua Hollywood, hoje nas entranhas da nossa sociedade, com o agravante do nosso histórico de ex-colônia, e hoje emergente, mas do BRIC - batendo no peito, cheios de orgulho por finalmente estamparmos as capas dos jornais internacionais. Alguém se lembra da entrevista de Eike Batista para o Fantástico, em que o (ex) homem mais rico do país diz que tudo que faz tem como objetivo "ser mais respeitado"? É o famoso "você sabe com quem está falando?", da vontade de ser rico, de mandar, de dar ordens, de ter destaque.

Ponto para o filme O Negociador, com Richard Gere, ainda em cartaz nos cinemas, que mostra como executivos milionários também têm seus problemas e não adianta acumular realizações.

Para deixar bem claro, meu ponto aqui é que as coisas têm seu valor no durante, e não no futuro. O que importa é a caminhada e não a linha de chegada. E sob esse aspecto, realizar é muito bom sim, mas não porque você vai ser feliz no futuro, mas porque é ótimo fazer isso agora.

Em uma palestra excelente, disponível no TED, o psicólogo Daniel Gilbert mostra resultados de pesquisas que indicam que, mesmo para vencedores de loterias, a alteração no nível de felicidade não dura mais que alguns meses, quando retorna ao nível anterior.

Quando entendemos que alcançando o "mais" não resolve, não nos torna mais felizes por muito tempo e não preencherá o vazio que muitos sentimos, nossa percepção começa a ficar um tanto diferente. Passamos a valorizar mais a vida vivendo o momento presente. A vida acontece agora e não amanhã - e quando o amanhã chegar, você estará no Agora novamente. E ainda passamos a valorizar o presente com seu outro sentido etimológico, como um verdadeiro presente, um gift.

Tuesday, January 01, 2013

O Segredo do Sucesso - parte 3

Um grande amigo que trabalha como Life Coach, Rodrigo Santiago, transformou um email que enviei a ele em artigo convidado em seu blog. São 5 etapas essenciais para alcançarmos o sucesso em qualquer atividade, descobertas pela Psicologia Positiva.

O conteúdo,foi baseado em uma palestra do PhD Tal Ben-Shahar, da Universidade de Harvard - que você encontra também abaixo.




O título foi escolhido por ele, o que faz todo sentido, já que a ideia do post foi dele mesmo. Sinta-se a vontade para ler e comentar.