Saturday, January 05, 2013

Um tempo para você mesmo


Nada como um tempo fora do radar, fora de tudo, para se encontrar com quem você realmente é e se encaixar verdadeiramente com sua própria vida. A falta desse tipo de oportunidade, em meio a tantas coisas no cotidiano, tanta velocidade, acaba nos tornando aquilo que não queremos.

A tecnologia e a internet são verdadeiras bênçãos (ou "bença", como diz o amigo Marcos Hofstetter), mas percebo cada dia mais que não adianta termos tudo e não sabermos usar de forma eficiente os recursos. Temos todas as ferramentas a disposição, mas nos faltam conceitos, estratégias mesmo para usá-las de forma consciente (Clayton Christensen, 5 vezes vencedor do McKinsey Award por melhor artigo publicado na Harvard Business Review, valida o uso de estratégias para a realização pessoal em How Will Your Measure Your Life).

A ansiedade nos traz o apego ao cigarro, a TV com 500 canais (citando Fight Club), a dificuldade em dormir a noite, a busca por mais dinheiro, mais segurança, ataques de pânico, medo de tudo e de todos que leva ao individualismo e aos conflitos interpessoais. E acabamos por esquecer do valor de coisas tão preciosas como um momento com as pessoas que são importantes para nós, como pais ou avós, por estarmos constantemente preocupados em olhar para o relógio ou checar emails ou Facebook ou uma infinidade de outras coisas "urgentes", mas que valem bem menos.

Pessoas que passam por uma experiência de quase morte costumam relatar suas experiências como um despertar para a vida, para o que realmente importa.

Convido você a esvaziar sua mente e pensar no que realmente é importante para você. O que é essencial em sua vida, não apenas legal ou interessante Entendendo isso você se aproxima mais da sua própria verdade, da sua própria vida. Desligue a TV, busque aquilo que você quer e não aceite apenas o que vem a você de forma passiva. É muito fácil viver no piloto automático, mas, como se diz: there's no free lunch. Nada vem sem esforço. Muito menos a paz.

Sem entrarmos em paz com nós mesmos não é possível vivermos em paz em sociedade.

Segue um depoimento de um sobrevivente de um acidente de avião, explicando como sua vida percepção das coisas mudou após acreditar que iria morrer (seu avião chegou a cair, mas ele sobreviveu):


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