Estas mãos que te seguram agora podem vir a te machucar. Podem fazer com que tudo o que você pensa sobre mim se torne algo infeliz, vermelho e lacrimoso. Nossos medos podem vir a se concretizar, medos estes inimagináveis poucas semanas atrás. Nada disso, tudo isso e coisa alguma foi planejado, tudo fruto do movimento dos nossos corpos inconstantes em busca de um amanhã; e eles acabaram por se chocar.
Luto para não pensar no que, imagino eu, divagando, poderia me fazer embarcar em ilusões não tanto aleatórias, mas corrosivas, capazes de me destruir e a você também. Seu cheiro, tão perto e tão distante. Um desejo constante de te ter e te atravessar com meus braços e minha boca, deixando um pouco de você em mim e algo de mim em você.
O tempo não colabora, anda pra frente, pra trás, para cima e para baixo, mas nunca para onde eu quero. Eu quero hoje, agora, ontem e também amanhã. Quero você aqui e eu aí, simultaneamente.
Não escrevo palavras bonitas, elas fedem e são dolorosas – e as assino com meu sangue. Mas exprimem da forma mais sincera o que eu sinto por você. E de você eu não abro mão.
3 comments:
Ah...!
:)
EU Adorei!
Foda! Forma adjetivada do verbo 'foder'; aquele que fode. E fode com pose!
Gostei bastante do último parágrafo. Sincero.. explica basicamente o blog todo; ou quase.
Leo
Texto maravilhoso, Guilherme!
Post a Comment