Monday, April 11, 2005

Visões sugeridas e duas notinhas


Visões sugeridas

Acredito que, no processo de formação da consciência da realidade, ou seja, o parece que estamos vendo, exista uma conexão feita com o que acreditamos, o que queremos acreditar, nossos medos, nossa coragem, e o quanto nos permitimos - também por meio das experiências vividas - levar em conta como conceitos e teorias previamente comprovados.
Ou seja, as experiências passadas, nosso conhecimento adquirido - parte dele também filtrados por nós mesmo e por outros, que deixamos filtrá-lo por nós -, e nossas crenças interferem MUITO na nossa percepção de realidade. Um exemplo? Eu já passei por momentos em que uma determinada mulher se mostrava muito mais importante do que ela na verdade era. Eu ME PERMITI isso. Não que tenha sido uma escolha voluntária, mas não dependia dela - da mulher. Dependia de como eu enxergava a situação. Também é por isso que, ao amadurecermos - e isso é algo que deveria ocorrer continuamente -, passamos a entender melhor a vida. Isso se estivermos dispostos!

PS (post scriptum): o medo, que eu tanto abomino - quem lê o que aqui escrevo assiduamente sabe - pode nos atrapalhar ao tentarmos compreender a realidade, como uma fuga nossa, no intento de nos defendermos daquilo que nos assusta - embora esteja ali, não há como fugir.

PS 2: os desentendimentos existem porque pessoas diferentes criam percepções diferentes, e estas acabam por geram conflitos.

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Existe uma música, da excelente banda Muse, que diz assim "paradise comes at a price that I am not prepared to pay...". Não me lembro do nome dela, mas é a última música do segundo CD da banda.

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Nem sempre preciso que vocês digam seus nomes para que eu tenha a certeza de quem foi que escreveu - mas ainda aprecio muito a gentileza dos que assinam seus pensamentos; quem não quiser não precisa, não vamos forçar uma barra aqui.

5 comments:

Anonymous said...

Incrível! Gui, as marcas não tem cor, infelizmente elas acontecem em nossas vidas, e elas ainda são permitidas, e isso ao meu ver, é o que dificulta o “esquecimento” , parece que marca nunca some, está ali pra sempre, devem ser “esquecidas” ou despriorizadas, sei lá! E quando se fala em percepção, aí é que as coisas se encrencam, pois existe tanto a se perceber em pouca coisa, e vejo de tantas maneiras que às vezes os meus próprios sentidos se confundem , acho que nisso eu me perco e ... ! Não sei o que mais eu tenho, ou não sei se o que tenho é mais do que eu posso suportar! Lehonna

Anonymous said...

Rapaz, perdoe-me, primeiramente. Fui eu, Jeane, a autora da pergunta, que deveria ter teor retórico, muito embora pense eu que não domine (ainda?)a arte de explicitar tal tom através da escrita.

Seu novo texto me trouxe surpresas, embora não o tenho considerado elucidativo.

Perdão, não me sinto propícia a discussões em sites de domínio público, visto que poderia fazê-lo ao vivo, consigo!

Jeane.

Anonymous said...

Aee!!!! Muse pela primeira vez no blog! O nome da música é Megalomania, faixa 12 so cd OOS. Só por curiosidade, aqui segue a letra:
"Paradise comes at a price
That I am not prepared to pay
What were we built for?
Could someone tell me please
The good news is she can´t have babies
And won´t except gifts from me
What are they for?
They´ll just grow up and break the laws you´ve loved

Take off your disguise
I know that underneath it´s me
Who are you oooh

Useless device, it won´t suffice
I want a new game to play
When I am gone - it won´t be long
Before I disturb you in the dark"

Bruno (seu irmão, hehehe)

Anonymous said...

Po, eu tava tentando arranjar uma maneira de discordar de você nesse ponto, mas não deu.

Anonymous said...

Segundo a conclusão de ontem, no bar:

A dependência de uma outra pessoa é algo que assumimos como princípio. Você sabe que está se deixando "escorregar" para uma relação desse tipo, e pode ou não se deixar passar do ponto de ruptura, onde o mundo passa a ter uma cara diferente. Cara da pessoa que agora acredita-se ser depentente.

Há um lugar ocupado por ela (a pessoa), e há também o fator "tostines", que nos faz querer repetir cada vez mais os momentos, quando são bons.

Então: dependo da pessoa por termos momentos bons, ou os momentos bons existem porque dependo da pessoa? Quando as duas coisas se confundem, entramos num ciclo vicioso, e a paixão explode inequivocamente.