Thursday, February 24, 2005

Andante

Na rua sem cor
Ele anda
Uma rua sem vida,
Ela apenas
Existe

O silêncio do mundo
Não lhe priva da
Barreira e do
Temporal
Pensamentos constantes

A cada loja
Bate, a porta
Bate de volta
Seu vazio
Nenhuma
Se abre

Nuvens cinza
Sem cor
No céu,
Silêncio

Nasce um dia
Morre uma noite
E o duelo se
Perdura
Se
Eterniza

Seus passos
Ecoam
Pela rua, como uma
Garagem
Trancada, isolada
Dentro deste tudo,
Separada por paredes

Não se ouve sua voz
Mas continua a
Falar
E há de continuar,
Até que sua lua se vá
Igual a noite,
Que morre, para o dia
Nascer

1 comment:

Guilherme Martins da Costa said...

Valeu, cara! Podes ter certeza de que tu és meu consultor musical número um.

Abração!